Investing.com — O S&P 500 despencou mais de 10% desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, introduziu as novas tarifas recíprocas mais severas do que o esperado.
Comentando sobre as novas medidas, a Capital Economics afirmou que "até mesmo o combativo Trump deve entender que foi longe demais desta vez."
A empresa de pesquisa macroeconômica postula que Trump provavelmente reconhecerá a gravidade da reação do mercado e poderá em breve propor uma série de "acordos" para aliviar o impacto das tarifas em alguns países, exceto possivelmente a China.
Espera-se que esses acordos envolvam pequenas concessões em troca de tarifas reduzidas, o que poderia levar a uma recuperação nas ações, disse a empresa.
"Ao final desse processo, suspeitamos que esses países acabariam enfrentando tarifas recíprocas entre 10% e 20%", escreveu.
Certos produtos do Canadá e do México podem receber isenções ou tarifas reduzidas de acordo com o acordo USMCA.
Por outro lado, a Capital Economics se sente menos convencida sobre a remoção de tarifas sobre aço, alumínio e automóveis, enquanto outros produtos como farmacêuticos e semicondutores podem ver tarifas adiadas ou descartadas.
Se a estratégia de Trump se desenrolar como esperado, a empresa estima que a taxa tarifária efetiva geral pode subir modestamente para 14%-18%, em oposição a uma taxa de 24% se Trump intensificar sua política tarifária sem oferecer concessões.
Essa taxa seria a mais alta desde 1938, mas a Capital Economics não acredita que isso necessariamente levaria a uma recessão.
A empresa prevê uma diminuição de 10%-15% nas importações ao longo de um período prolongado, com as tarifas potencialmente gerando cerca de US$ 350 bilhões anualmente, aproximadamente 1% do PIB. Essa receita poderia ser redistribuída por meio de cortes de impostos.
Enquanto isso, espera-se que a inflação do CPI atinja cerca de 4% até o final do ano, "o que achamos que manteria o Fed à margem este ano", afirma a nota.
A Capital Economics também descreve um cenário alternativo menos otimista onde Trump não faz concessões, levando a uma maior escalada nas tarifas e medidas recíprocas de outros países.
Isso poderia resultar em uma perda significativa de confiança nas famílias e empresas, potencialmente desencadeando uma recessão dentro de alguns meses.
A desaceleração poderia ser exacerbada se o Congresso não aprovar estímulos fiscais devido a desacordos internos, levando a uma grave desaceleração econômica e instabilidade do mercado.
Em tal cenário, o Federal Reserve poderia ser forçado a cortar as taxas de juros, embora relutantemente, com uma redução de 100 pontos-base sendo o máximo antecipado pelos mercados futuros, mesmo em uma recessão.
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