Polymarket vê 64% de chance de recessão nos EUA em 2025 devido às tarifas de Trump

Investing.com — A plataforma de apostas online Polymarket agora prevê uma probabilidade de 64% de recessão nos EUA em 2025, com as chances de uma desaceleração econômica aumentando drasticamente logo após o presidente Donald Trump revelar planos para aumentar as tarifas comerciais.

A Polymarket mostrou apostas na recessão a 64 centavos por dólar, um aumento significativo em relação aos 38 centavos observados na semana passada. As apostas contra a recessão ficaram em cerca de 36%.

As probabilidades de recessão aumentaram drasticamente depois que Trump, na semana passada, anunciou amplas tarifas comerciais contra as principais economias globais, provocando indignação e ameaças de retaliação.

A China, que foi sujeita ao nível mais alto de tarifas - num total cumulativo de 54% - retalhou durante o fim de semana, enquanto a União Europeia, que enfrenta tarifas de cerca de 20%, disse estar preparando uma resposta.

A Polymarket é um mercado de previsões online baseado em criptomoedas, onde os usuários podem apostar em uma série de eventos futuros. A plataforma previu com sucesso a vitória de Trump nas eleições presidenciais de 2024.

As tarifas de Trump aumentaram as preocupações sobre uma recessão nos EUA, dado que serão suportadas pelos importadores domésticos, que poderão repassar os custos aos consumidores, aumentando a inflação e reduzindo o consumo.

Espera-se também que as cadeias de abastecimento globais sejam perturbadas pelas tarifas de Trump, à medida que as empresas correm para obter produtos de países menos afetados pelas tarifas.

Vários grandes bancos de investimento e corretoras também aumentaram suas previsões de uma recessão nos EUA. O Goldman Sachs (NYSE:GS) disse em uma nota de domingo que agora vê 45% de chance de recessão, enquanto o JPMorgan (NYSE:JPM) recentemente elevou sua probabilidade de recessão para 60%.

Trump reforçou suas tarifas durante o fim de semana, afirmando que os mercados deveriam tratá-las como "remédio", e que elas permaneceriam em vigor até que os enormes déficits comerciais dos EUA fossem "curados".

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