TREASURIES-Rendimentos sobem com expectativas de isenção de tarifas e negociações de fim de trimestre

Por Davide Barbuscia

NOVA YORK, 26 Mar (Reuters) - Os rendimentos dos Treasuries subiam nesta quarta-feira, com os investidores avaliando a perspectiva de isenções na onda de tarifas dos Estados Unidos que entrará em vigor na próxima semana, enquanto o ajuste das carteiras no final do trimestre estimulava a venda de alguns títulos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, indicou na segunda-feira que nem todas as suas ameaças de tarifas serão adotadas em 2 de abril e que alguns países podem obter isenções, o que deu algum alívio esta semana para os investidores preocupados com o impacto inflacionário e sobre o crescimento dos EUA das políticas comerciais agressivas do país.

As realocações de carteira nos últimos dias do trimestre, quando gerentes, fundos de pensão e outros investidores ajustam suas alocações para levar em conta os movimentos do trimestre em ações e títulos, também podem estar contribuindo para parte da pressão de venda dos títulos, elevando os rendimentos.

"Essa negociação já começou, não é algo que se possa fazer apenas no último dia do trimestre... é preciso ir devagar", disse Tony Farren, diretor administrativo do Mischler Financial Group, referindo-se aos investidores que vendem títulos para comprar ações.

Ainda assim, as tarifas continuaram a ser a força dominante no mercado, disse ele, com os investidores aguardando ansiosamente clareza sobre os planos completos de Trump na próxima semana, depois de um mês de anúncios de tarifas sobre os principais parceiros comerciais dos EUA que agitaram os mercados.

"Espero que tenhamos esclarecimentos na terça-feira, mas temo que não", disse Farren.

Os rendimentos do título de referência de 10 anos US10YT=RR estavam em 4,348% nesta quarta-feira, cerca de quatro pontos-base a mais do que na terça-feira. As taxas de dois anos US2YT=RR, que tendem a refletir mais de perto as expectativas de mudanças na política monetária, tinham alta de cerca de um ponto-base, em 4,015%.

(Reportagem de Davide Barbuscia)

((Tradução Redação São Paulo))

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