Em fevereiro, a cesta básica apresentou aumento de preços em 14 das 17 capitais analisadas no Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Recife liderou o aumento com 4,44%, seguido por João Pessoa (2,55%), Natal (2,28%) e Brasília (2,15%). Em contrapartida, Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%) tiveram diminuições nos preços.
São Paulo registrou o maior custo para a cesta básica, com um valor de R$ 860,53, enquanto Aracaju apresentou o menor valor, de R$ 580,45. Essa variação nos preços está ligada à composição regional diferenciada da cesta. Na comparação anual, 14 capitais tiveram aumento no valor da cesta, com Fortaleza registrando a maior alta (13,22%). Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte observaram reduções.
O salário mínimo reajustado para R$ 1.518,00 foi insuficiente para cobrir as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas, segundo o Dieese. O instituto calculou que, para cobrir essas despesas em fevereiro de 2025, o salário necessário seria de R$ 7.229,32, ou 4,76 vezes o valor atual do piso. Em termos de tempo de trabalho, foram necessárias 104 horas e 43 minutos para adquirir a cesta básica em fevereiro, um aumento em relação ao mês anterior.