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Fique por dentro das principais notícias do mercado desta sexta-feira

Investing.com7 de mar de 2025 às 11:37

Investing.com – Os índices futuros das ações nos EUA operam em alta nesta sexta-feira, após nova liquidação em Wall Street, causada por oscilações nos planos tarifários do presidente Donald Trump.

O mandatário suspendeu temporariamente as tarifas sobre Canadá e México, que haviam entrado em vigor no início da semana, gerando incerteza entre investidores sobre os próximos passos da política comercial do governo.

O mercado também aguarda a divulgação de dados sobre o emprego nos EUA, bem como comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, a fim de determinar os próximos passos da política monetária na maior economia do mundo.

No Brasil, saberemos logo mais qual foi o PIB do quarto trimestre de 2024, além de dados sobre a balança comercial de fevereiro, enquanto o governo busca formas de conter a alta dos preços dos alimentos.

Veja agora mais detalhes dos assuntos que estão movimentando os mercados nesta manhã.

1. Futuros americanos em alta

Os contratos futuros de ações americanas registram avanço, com investidores monitorando mudanças na política comercial de Trump e aguardando informações sobre o mercado de trabalho.

Às 8h de Brasília, o Dow Jones subia 0,13%, enquanto o S&P 500 avançava 0,28%. Já o Nasdaq 100 registrava ganho 0,43% no mercado futuro.

CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street

Os índices encerraram o pregão anterior em queda, refletindo um período de forte volatilidade em Wall Street, intensificado pela incerteza sobre as tarifas comerciais. Na quinta-feira, Trump anunciou a suspensão temporária das tarifas sobre Canadá e México até 2 de abril, revertendo uma decisão tomada dias antes, que justificava a taxação devido à falta de ação desses países no controle do fluxo de drogas e migrantes ilegais para os EUA.

A postura de Trump em relação ao comércio com Canadá e México – os dois maiores parceiros comerciais dos EUA – tem variado desde seu retorno à presidência, trazendo imprevisibilidade para a economia norte-americana, que possui forte integração regional. Em fevereiro, o governo impôs tarifas de 25% sobre bens canadenses não ligados ao setor de energia e sobre todas as importações mexicanas, mas adiou sua implementação por 30 dias.

"A Casa Branca parece ciente do impacto financeiro e econômico gerado por suas políticas e tem adotado medidas pontuais para tentar tranquilizar os investidores, mas, na prática, essas ações e declarações acabam intensificando o ambiente de incerteza e amadorismo, ampliando a ansiedade dos agentes de mercado em vez de reduzi-la", avaliaram analistas da Vital Knowledge.

Além disso, a percepção de desaceleração da economia dos EUA tem sido reforçada por uma série de indicadores recentes, enquanto resultados corporativos abaixo do esperado também pressionam o sentimento do mercado, segundo os analistas.

Os principais índices americanos caminham para fechar a semana em queda, com o Nasdaq Composite, focado no setor de tecnologia, entrando em território de correção.

Apesar disso, Trump defendeu que sua decisão de suspender as tarifas sobre México e Canadá não foi influenciada pela volatilidade do mercado acionário.

Ao ser questionado sobre o impacto da bolsa em sua política comercial, durante um evento na Casa Branca, o presidente afirmou que o adiamento das tarifas "não tem nada a ver com o mercado".

"Nem estou olhando para o mercado, porque, no longo prazo, os Estados Unidos estarão muito fortes com o que está acontecendo aqui", declarou. Trump também atribuiu a recente liquidação nos mercados aos "globalistas", termo que já utilizou para se referir a determinadas empresas e países.

Parte dos investidores esperava que Trump, que durante sua campanha defendeu uma agenda pró-negócios com redução de impostos e menor regulação, utilizasse o desempenho do mercado acionário como uma espécie de termômetro de aprovação, evitando quedas expressivas – tese que ficou conhecida como "Trump put".

2. Mercado de trabalho dos EUA no radar

Economistas esperam que a economia dos EUA tenha registrado um aumento no número de empregos em fevereiro, superando o volume do mês anterior. Caso isso se confirme, pode indicar resiliência na demanda por trabalho, o que pode influenciar as futuras decisões do Federal Reserve sobre política monetária.

A expectativa é de que a criação de empregos (payroll) fora do setor agrícola tenha totalizado 156 mil em fevereiro, acima dos 143 mil registrados no mês anterior. A taxa de desemprego deve permanecer em 4,0%, repetindo o nível de janeiro. Já o crescimento dos salários médios por hora, na comparação mensal, deve desacelerar para 0,3%, após 0,5% no período anterior.

Segundo Nela Richardson, economista-chefe da ADP, incertezas políticas e redução nos gastos dos consumidores podem ter levado a cortes de vagas ou moderação nas contratações por parte do setor privado em fevereiro.

Os dados da ADP mostraram um avanço de 77 mil vagas no mês passado, abaixo da revisão para cima de 186 mil em janeiro e distante das projeções de 141 mil. Esse foi o menor crescimento desde julho, com perdas de postos de trabalho nos setores de comércio e transporte, saúde e educação, além de tecnologia da informação. O relatório também apontou recuo na geração de empregos entre pequenas empresas. No entanto, os números da ADP, elaborados em parceria com o Stanford Digital Economy Lab, não possuem correlação com os dados oficiais do governo, que serão divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho.

3. Powell discursa hoje

Os mercados aguardam com atenção a fala de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que deve ocorrer poucas horas após a divulgação do relatório de empregos.

O Fed interrompeu o ciclo de cortes de juros em janeiro e adotou uma postura cautelosa em relação a novos ajustes no custo do crédito, mencionando um mercado de trabalho ainda sólido e a incerteza sobre os impactos inflacionários das políticas de Trump.

No entanto, as preocupações com o crescimento global aumentaram entre os dirigentes do Fed, especialmente após dados recentes indicarem que as tensões comerciais internacionais vêm afetando a confiança do consumidor, as vendas no varejo e a atividade empresarial como um todo.

Caso os números do emprego fiquem muito abaixo das projeções, as apostas de que o Fed retomará os cortes na taxa de juros ao longo do ano podem ganhar força.

4. Trump assina ordem para criação de reserva de bitcoin

Em outra frente, Trump assinou uma ordem executiva para estabelecer uma reserva estratégica de bitcoin, um dia antes de uma reunião com líderes da indústria de criptomoedas na Casa Branca.

A criação da reserva não implica em compras governamentais da criptomoeda, afirmou David Sacks, encarregado de inteligência artificial e criptoativos no governo. No entanto, ele destacou que os Secretários do Tesouro e do Comércio agora possuem autorização para desenvolver estratégias "neutras em orçamento" para adquirir bitcoin, desde que isso não gere custos para os contribuintes.

Segundo Sacks, a reserva será formada por bitcoins confiscados pelo governo federal em processos criminais ou de apreensão de bens.

Após o anúncio, o bitcoin operava em queda nesta sexta-feira, mas reduziu parte das perdas, enquanto analistas avaliam que a iniciativa ainda pode ser benéfica para o mercado de criptoativos.

5. Governo brasileiro anuncia medidas para tentar baratear alimentos

Diante da queda crescente de popularidade do governo Lula, devida, segundo integrantes da administração, ao aumento dos preços dos alimentos, a equipe econômica anunciou ontem a redução a zero da alíquota de importação para diversos alimentos, como carne, café, milho, azeite e açúcar.

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a decisão faz parte de um conjunto de ações para amenizar a pressão inflacionária, mas reconheceu a dificuldade de prever seu impacto nos preços finais.

Associações do setor agropecuário consideram ineficaz a decisão, alegando que não há fornecedores internacionais com preços mais competitivos que os já praticados pelos produtores brasileiros. Segundo elas, a alta decorre de fatores internacionais, estoques reduzidos e sazonalidade da safra.

No calendário econômico de hoje, o grande destaque será a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para o quarto trimestre e todo o ano de 2024, bem como os números do balanço comercial de fevereiro.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

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