NOVA YORK, 6 Mar (Reuters) - Os rendimentos dos Treasuries avançavam em sua maioria nesta quinta-feira, com os investidores avaliando a última série de dados econômicos em busca de sinais de rachaduras na economia, antes do relatório de emprego do governo na sexta-feira.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego semanais caíram em 21.000, para 221.000 em dado com ajuste sazonal, de acordo com o Departamento do Trabalho, abaixo da expectativa de 235.000 dos economistas consultados pela Reuters.
Os dados contrastaram com um relatório anterior da empresa global de recolocação Challenger, Gray & Christmas, que disse nesta quinta-feira que os cortes de pessoal planejados aumentaram 245% no mês passado, para 172.017, o nível mais alto desde julho de 2020, quando a economia estava no meio da pandemia de Covid-19, e o maior total de fevereiro desde a crise financeira global há 16 anos.
A incerteza gira em torno dos anúncios de tarifas de Trump e seu efeito sobre os preços, e o impacto no mercado de trabalho das ações do Departamento de Eficiência Governamental sob Elon Musk para reduzir o tamanho do governo federal, o que fez com que os rendimentos caíssem nas últimas semanas devido a preocupações com a desaceleração do crescimento econômico.
"Vimos uma boa inclinação na curva de rendimentos dos EUA", disse Tom di Galoma, diretor administrativo da Mischler Financial.
"A curva deve acabar ficando mais plana, mas o que está acontecendo no momento é que há uma verdadeira luta com as tarifas e com as perspectivas orçamentárias de longo prazo para muitas dessas economias."
Os rendimentos subiram após os comentários do secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, que disse que a recente suspensão das tarifas anunciada para as montadoras provavelmente incluirá todos os produtos cobertos pelo Acordo EUA-México-Canadá.
O rendimento do Treasury de referência de 10 anos US10YT=TWEB subia 6,7 pontos-base, para 4,336%, enquanto a taxa do título de 30 anos US30YT=TWEB ganhava 6,8 pontos, para 4,627%.
As taxas dos títulos alemães avançavam novamente, após registrarem o maior aumento diário em mais de 25 anos nas sessões anteriores, já que os planos de Berlim para um enorme pacote de gastos levaram os investidores a esperar um aumento maciço na oferta de Bunds, enquanto o Banco Central Europeu cortou as taxas de juros em 25 pontos-base, mas sugeriu que não poderá reduzi-las taxas novamente no próximo mês.
(Reportagem de Chuck Mikolajczak)
((Tradução Redação São Paulo))
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