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Investing.com5 de mar de 2025 às 09:30

Investing.com – Os principais índices futuros das ações americanas operam em alta no início desta quarta-feira, enquanto investidores avaliam declarações de um membro do gabinete do presidente Donald Trump sobre a possibilidade de flexibilização das tarifas dos EUA sobre Canadá e México.

Após a queda registrada em Wall Street na esteira da implementação das tarifas na terça-feira, o Secretário de Comércio, Howard Lutnick, indicou que Trump pode buscar um ponto de equilíbrio em um possível acordo com os dois países.

No Brasil, os investidores voltam do Carnaval atentos às implicações de uma possível guerra comercial, bem como a importantes dados econômicos que serão divulgados nesta semana.

1. Futuros dos EUA em alta

Os índices futuros das ações dos EUA operavam no campo positivo nesta quarta-feira, com investidores atentos a comentários de um integrante do alto escalão da administração Trump sobre uma possível redução das tarifas recentemente impostas ao Canadá e ao México.

Às 8h de Brasília, o Dow Jones subia 248 pontos (+0,6%), o S&P 500 avançava 39 pontos (+0,7%) e o Nasdaq 100 registrava alta de 168 pontos (+0,8%) no mercado futuro.

CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street

Os principais índices de Wall Street encerraram a terça-feira no vermelho, pressionados pelas tarifas impostas aos vizinhos do norte e do sul dos EUA, além da elevação das taxas sobre produtos chineses. Com as três nações prometendo retaliar, os receios de uma escalada na guerra comercial global se intensificaram.

No fechamento do pregão, o S&P 500 recuou 1,2%, enquanto o Dow Jones Industrial Average, composto por 30 ações, caiu 1,5%. O Nasdaq Composite, com forte presença de empresas de tecnologia, registrou leve baixa de 0,4%, permanecendo próximo ao território de correção.

Montadoras americanas tradicionais, como a General Motors (NYSE:GM) e a Ford (NYSE:F), cederam 4,6% e 2,9%, respectivamente. Analistas destacam que essas companhias, devido às suas extensas cadeias de suprimentos na América do Norte, podem ser particularmente vulneráveis ao impacto das tarifas.

2. Discurso do Estado da União de Trump

Trump utilizou seu discurso do Estado da União na terça-feira para enfatizar suas ações políticas nos primeiros meses de seu segundo mandato.

Afirmando que "a América está de volta", o presidente mencionou suas iniciativas para reformular a política comercial do país, redefinir suas relações externas e reduzir o tamanho do governo federal por meio do Departamento de Eficiência Governamental, liderado por Elon Musk.

O pronunciamento, que durou 100 minutos e gerou reações da oposição democrata, ocorreu logo após a imposição de tarifas de 25% sobre importações mexicanas e produtos não energéticos do Canadá, o que ameaça desestabilizar a economia norte-americana integrada. Paralelamente, os tributos sobre mercadorias chinesas dobraram para 20%.

Economistas e executivos alertam que essas medidas podem intensificar a pressão sobre os preços e retardar o combate à inflação, que já se encontra relativamente elevada. Trump reconheceu que as tarifas podem gerar turbulências no curto prazo, mas minimizou os impactos, afirmando que "estamos preparados para isso".

Apesar das recentes imposições, há indícios de que Trump pode anunciar um acordo com Canadá e México para amenizar as tarifas em breve, segundo o Secretário de Comércio, Howard Lutnick.

Em entrevista à Fox Business, Lutnick mencionou que um possível entendimento incluiria a redução parcial das tarifas adotadas pelo governo, impostas sob o argumento de que os países vizinhos não tomaram medidas suficientes para conter o fluxo de imigrantes e a entrada ilegal do fentanil nos EUA.

Ele também destacou que o anúncio de um compromisso pode ocorrer já nesta quarta-feira, reforçando que Trump está disposto a buscar um ponto de equilíbrio nas negociações com os parceiros comerciais.

Em fevereiro, Canadá e México haviam obtido um adiamento de 30 dias na implementação das tarifas, após se comprometerem a reforçar a segurança nas fronteiras. No entanto, o prazo expirou na madrugada de terça-feira, com Trump alegando que as ações adotadas foram insuficientes.

3. PMI de serviços do ISM no radar

No calendário econômico, investidores monitoram os dados do setor de serviços nos EUA, que tem peso expressivo na economia do país. A expectativa é de que o índice PMI não manufatureiro do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) indique leve desaceleração da atividade em fevereiro.

No início da semana, um indicador do ISM referente à indústria manufatureira mostrou ligeiro arrefecimento, mas permaneceu acima do nível de 50 pontos, que separa expansão de contração. Entretanto, um índice paralelo apontou que os preços ao produtor atingiram o maior nível em três anos, enquanto novos pedidos recuaram, refletindo a crescente incerteza gerada pelas tarifas.

Esses números se somam a sinais de moderação econômica no primeiro trimestre, incluindo fraqueza nos gastos do consumidor, aumento do déficit comercial de bens e desaquecimento no setor de construção civil.

4. Bitcoin avança

O Bitcoin operava em alta nesta quarta-feira, impulsionado por compras oportunistas após a recente correção no mercado cripto, além do alívio gerado pela possibilidade de flexibilização das tarifas comerciais.

A maior criptomoeda do mundo tem registrado oscilações acentuadas na última semana, chegando a ser negociada temporariamente abaixo de US$ 80.000, em meio aos persistentes receios sobre a guerra comercial.

Um anúncio recente de Trump, indicando que cinco criptomoedas, incluindo o Bitcoin, fariam parte de uma reserva estratégica planejada pelo governo, chegou a proporcionar um breve rali no início da semana.

Enquanto isso, os preços do petróleo apresentavam leve recuo nesta quarta-feira, negociados próximos às mínimas de cinco meses. O mercado acompanha as estratégias de grandes produtores para elevar a oferta em abril, bem como os desdobramentos da disputa comercial global.

5. No Brasil, foco na atividade econômica

Após o feriado de Carnaval, os investidores brasileiros voltam suas atenções agora para o embate tarifário iniciado pelo presidente dos EUA contra grandes parceiros comerciais e suas possíveis consequências para o País.

Especialistas avaliam que o Brasil não será diretamente impactado, em razão do déficit comercial que possui com os EUA. Entretanto, há um temor de que iniciativas futuras venham a atingir setores críticos, como siderurgia e agronegócio, com possíveis efeitos negativos sobre exportações e emprego.

No campo das oportunidades, há a expectativa de que empresas locais possam substituir alguns fornecedores tarifados, mas a volatilidade deve imperar nos próximos dias no mercado acionário.

Hoje, serão divulgadas as projeções de economistas colhidas pelo Banco Central no relatório Focus, além do importante PMI de serviços divulgado pela S&P Global, que dará uma noção mais clara do vigor da atividade econômica no país, após o forte relatório de empregos formais (Caged) na semana passada.

Por fim, na sexta-feira, será divulgado o PIB brasileiro para o 4º tri e o ano de 2024, com expectativa de crescimento robusto, mas com tendência de desaceleração para este ano.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

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