NOVA YORK, 26 Fev (Reuters) - Os rendimentos dos Treasuries caíam nesta quarta-feira, depois de serem negociados em alta durante a maior parte da sessão, após uma sólida demanda pelo leilão de notas de sete anos e notícias de que as possíveis tarifas dos Estados Unidos sobre o México e o Canadá entrariam em vigor apenas em 2 de abril, cerca de um mês depois do prazo anterior.
Anteriormente neste mês, o governo Trump havia definido o dia 4 de março como a data em que tarifas de 25% sobre produtos do México e produtos não energéticos do Canadá entrariam em vigor. O presidente dos EUA, Donald Trump, fez os comentários sobre as tarifas durante a primeira reunião de gabinete de seu governo.
O rendimento do Treasury de referência de dez anos US10YT=TWEB caía 4,9 pontos-base, para 4,258%.
O retorno da nota de dois anos US2YT=TWEB, que normalmente acompanha as expectativas da taxa de juros, perdia 1,6 ponto-base, para 4,08%.
A forte demanda no leilão de US$44 bilhões em notas de sete anos nesta quarta-feira, somada ao sucesso das vendas de notas de cinco e dois anos anteriormente na semana, contribuiu para a queda dos rendimentos nesta quarta-feira, disse Eric Jussaume, diretor de renda fixa da Cambridge Trust Wealth Management, uma divisão do Eastern Bank.
Após o leilão, as notas de sete anos US7YT=RR recuavam 4,9 pontos-base, para 4,164%.
Enquanto isso, um segmento da curva de juros se inverteu brevemente pela primeira vez este ano, com o spread entre os rendimentos de dois e dez anos US2US10=TWEB em 0,3 pontos-base
Os mercados observarão os dados do Produto Interno Bruto e dos pedidos de bens duráveis, que serão divulgados na quinta-feira, para ver se há sinais mais fortes de desaceleração na economia norte-americana, o que pode acelerar o ritmo esperado de cortes na taxa de juros. Um elemento fundamental para os rendimentos dos Treasuries no curto prazo será o índice PCE, o indicador de inflação preferencial do Federal Reserve, a ser divulgado na sexta-feira.
De acordo com a ferramenta FedWatch da CME, as maiores probabilidades apontam para o primeiro corte de juros de 25 pontos-base na reunião de junho do Fed, com 53% de chance. Nesta quarta-feira, a maior probabilidade de um segundo corte na taxa básica era na reunião de setembro, com 37%.
((Tradução Redação Brasília))
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