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Potencial impacto de políticas de Trump elevou preocupações do Fed com inflação, mostra ata

Reuters19 de fev de 2025 às 19:28

Texto atualizado com mais informações

Por Howard Schneider

- As propostas iniciais de políticas do presidente norte-americano, Donald Trump, geraram preocupação no Federal Reserve com o aumento da inflação, com empresas dizendo ao banco central dos Estados Unidos que, em geral, esperam aumentar os preços para repassar aos consumidores os custos das tarifas de importação, disseram formuladores de política monetária em uma reunião realizada cerca de uma semana após a posse de Trump em 20 de janeiro.

Os participantes da reunião de política monetária de 28 e 29 de janeiro do banco central "no geral apontaram riscos de alta para as perspectivas de inflação", em vez de riscos para o mercado de trabalho, de acordo com a ata do encontro divulgada nesta quarta-feira.

"Em particular, os participantes citaram os possíveis efeitos de potenciais mudanças na política comercial e de imigração, a possibilidade de que os acontecimentos geopolíticos perturbem as cadeias de suprimentos ou gastos das famílias mais fortes do que o esperado."

Apesar de ainda acreditarem que as pressões sobre os preços continuarão a diminuir, "outros fatores foram citados como tendo o potencial de dificultar o processo de desinflação", diz a ata, incluindo o fato de que "contatos comerciais em vários distritos (do Fed) indicaram que empresas devem tentar repassar aos consumidores os custos mais altos de insumos decorrentes de possíveis tarifas".

Os participantes também destacaram que alguns indicadores de expectativas de inflação, uma das principais preocupações do Fed, "haviam aumentado recentemente".

Na reunião do mês passado, os formuladores de política monetária concordaram que devem manter a taxa básica de juros inalterada até que fique claro que a inflação, em grande parte estagnada desde meados de 2024, esteja em queda de forma confiável para a meta de 2% do banco central.

A equipe do Fed já havia mudado sua perspectiva na reunião de 17 e 18 de dezembro para mostrar a expectativa de crescimento mais lento e inflação mais alta com base em "suposições provisórias" sobre as prováveis ações de Trump ao iniciar seu segundo mandato na Casa Branca. O presidente começou a fornecer detalhes em seus primeiros dias no cargo, incluindo proposta de tarifas de 25% sobre o Canadá e o México e um bloqueio da fronteira entre os EUA e o México.

O Fed manteve sua taxa de juros de referência na faixa atual de 4,25% a 4,50% em sua reunião do mês passado e, desde então, autoridades têm dito que não têm pressa em cortar os custos de empréstimos novamente até que tenham mais certeza de que a inflação cairá para a meta de 2% dos níveis atuais, cerca de 0,50 ponto percentual acima desse nível.

Entender o impacto das políticas de Trump tornou-se uma parte central desse debate.

((Tradução Redação Brasília))

REUTERS VB IV

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