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Diretora do Fed diz ser necessária maior confiança na queda da inflação antes de mais cortes de juros

Reuters17 de fev de 2025 às 15:47

Por Howard Schneider

- A diretora do Federal Reserve Michelle Bowman disse nesta segunda-feira que deseja ter mais convicção de que a inflação diminuirá mais neste ano antes de reduzir novamente a taxa de juros, principalmente devido à incerteza quanto ao impacto das políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Eu gostaria de ter mais confiança de que o progresso na redução da inflação continuará enquanto consideramos fazer mais ajustes" na taxa que o Fed atualmente mantém estável na faixa de 4,25% a 4,5%, disse Bowman em comentários preparados para uma conferência da American Bankers Association.

A taxa de juros "está agora em uma boa posição, permitindo que o comitê seja paciente e preste mais atenção aos dados de inflação à medida que eles evoluem", disse ela, referindo-se ao Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed.

Manter os juros estáveis por enquanto "também oferece a oportunidade de analisar outros indicadores de atividade econômica e obter mais clareza sobre as políticas do governo e seus efeitos sobre a economia", disse ela.

"Será muito importante ter uma noção melhor dessas políticas, de como elas serão implementadas e estabelecer uma maior confiança sobre como a economia responderá nas próximas semanas e meses", disse ela.

Trump, desde que assumiu seu segundo mandato no mês passado, tem emitido uma série de decretos sobre comércio e tarifas, mas também voltou atrás em alguns casos.

Bowman, nomeada por Trump durante seu primeiro mandato, tem sido uma das autoridades mais "hawkish" (agressiva no combate à inflação) do Fed. Ela disse esperar que a inflação desacelere ainda mais este ano.

A taxa de inflação esperada continua acima da meta de 2% do Fed, e Bowman observou que a atual taxa de desemprego de 4% está abaixo de sua estimativa de pleno emprego, enquanto os salários estão se expandindo mais rapidamente do que ela considera consistente com a meta de inflação.

A inflação "parece ter retomado sua trajetória de queda, e minha expectativa básica é de que ela se moderará ainda mais este ano", disse ela. Mesmo assim, ela acrescentou que "há riscos de alta".

O Fed deve manter a taxa de juros inalterada em sua próxima reunião de março, enquanto os membros observam o impacto, em particular, das tarifas de importação que Trump propôs.

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

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