Fique por dentro das principais notícias do mercado desta segunda-feira

Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo

Investing.com - Espera-se que a posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ocupe o centro do palco na segunda-feira, com os investidores particularmente atentos para obter mais clareza sobre o impacto potencial de seus planos políticos abrangentes. Trump deve lançar várias ordens executivas nas primeiras horas da nova administração, afetando uma série de questões. Em outros lugares, o TikTok começa a restaurar o serviço nos EUA, já que Trump diz que o aplicativo precisa ser salvo no país, enquanto o valor da memecoin de Trump aumenta.No Brasil, atenções para possíveis impactos da nova gestão de Trump para o mercado local.

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1. A posse de Trump

Donald Trump deve ser empossado como o 47º presidente dos Estados Unidos na segunda-feira.

Na preparação para seu retorno à Casa Branca, Trump prometeu assinar uma onda de ordens executivas em seu primeiro dia de volta ao cargo, como parte de um impulso inicial para agir de acordo com suas promessas de campanha.

Espera-se que Trump anuncie mais de 200 dessas ações, que são legalmente obrigatórias, mas ainda podem estar sujeitas a revisão legal. As ordens devem tratar de uma ampla gama de questões, incluindo imigração, regulamentações ambientais e políticas de diversidade corporativa.

Uma medida importante poderia ser o lançamento de deportações em massa de imigrantes ilegais por Trump. Notícias da mídia sugeriram que Trump, que prometeu realizar o maior programa de deportação da história dos Estados Unidos, convocará batidas em várias cidades importantes nos primeiros dias de seu segundo mandato.

Os investidores estão aguardando mais clareza sobre os planos de Trump, especialmente seu possível impacto sobre as pressões inflacionárias e possíveis cortes nas taxas de juros do Federal Reserve este ano. Os mercados de ações devem ficar fechados na segunda-feira em comemoração ao feriado do Dia de Martin Luther King Jr.

A nova criptomoeda de Trump disparou antes da posse, mas recuou em valor depois que a nova primeira-dama dos EUA, Melania Trump, revelou seu próprio token.

"Meu NOVO Meme Oficial de Trump está AQUI! É hora de celebrar tudo o que defendemos: VENCER!" Trump escreveu em um post em sua plataforma de mídia social Truth Social.

O setor de criptografia tem sido impulsionado desde a vitória de Trump nas eleições de novembro, com seus proponentes esperando que ele ajude a inaugurar uma nova era de adoção de ativos digitais. Trump, que anteriormente chamou o site Bitcoin de "um golpe", prometeu que os Estados Unidos seriam "a capital das criptomoedas" do mundo quando ele retornasse ao cargo.

As memecoins de $Trump, que começaram a ser vendidas por US$ 10 cada, chegaram a ser negociadas a cerca de US$ 70 no domingo, de acordo com a CoinMarketCap. Mas alguns desses ganhos foram reduzidos após o lançamento da moeda de sua esposa, $Melania.

Enquanto isso, o Bitcoin atingiu um novo recorde de alta na segunda-feira, somando-se a um avanço no preço da criptomoeda mais conhecida do mundo desde a vitória de Trump nas eleições.

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2. O TikTok começa a restaurar os serviços nos EUA

O TikTok começou a restaurar os serviços para seus 170 milhões de usuários nos EUA no domingo, quando o presidente eleito Donald Trump prometeu reviver o acesso à plataforma de vídeos curtos quando retornar ao poder.

O retorno do TikTok ocorreu pouco mais de 14 horas depois que o serviço foi interrompido devido a uma lei de segurança nacional que exigia que ele se livrasse de sua propriedade chinesa ou encerrasse suas operações nos EUA.

Em discurso em um comício no domingo, Trump disse que "temos que salvar" o popular aplicativo, que tem enfrentado escrutínio das autoridades dos EUA devido a preocupações de que poderia ser usado pelo governo da China para rastrear ou propagandear usuários americanos.

Antes do evento, o TikTok emitiu uma mensagem dizendo que estava "de volta aos EUA" e agradeceu a Trump em particular.

Trump disse que provavelmente concederia ao TikTok um adiamento de 90 dias antes que a proibição pudesse entrar em vigor, acrescentando que gostaria que os EUA "tivessem uma posição de propriedade de 50% em uma joint venture".

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3. Lucros americanos nesta semana

Os investidores que esperam mais um ano forte nos mercados de ações, impulsionados pelos lucros das empresas dos EUA, terão uma perspectiva mais clara nesta semana, com uma série de empresas que devem divulgar os lucros do quarto trimestre.

Os relatórios devem ser divulgados pela gigante de streaming Netflix (NASDAQ:NFLX), pela líder do setor de saúde Johnson & Johnson (NYSE:JNJ), pela poderosa empresa de bens de consumo Procter & Gamble (NYSE:PG) e pela emissora de cartões de crédito American Express (NYSE:AXP).

A temporada de lucros teve início na semana passada, com os grandes bancos registrando fortes lucros. Um aumento nas negociações e um sólido desempenho do mercado acionário impulsionaram as receitas comerciais de vários dos principais credores de Wall Street.

De modo geral, os analistas esperam que as empresas do S&P 500 registrem um aumento de 10,4% em relação ao ano anterior nos lucros do quarto trimestre, de acordo com dados do LSEG IBES de 15 de janeiro, citados pela Reuters.

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4. Petróleo cai

Os preços do petróleo caíram na segunda-feira, com os comerciantes assumindo riscos antes da posse de Donald Trump.

Às 7h58, os futuros do petróleo bruto dos EUA (WTI) caíram 0,50% para US$77,00 por barril, enquanto o contrato Brent caiu 0,50% para US$80,39 por barril.

5. Possíveis impactos ao Brasil da gestão de Trump

O mercado local observará atentamente os primeiros passos de Donald Trump na presidência dos EUA e os possíveis impactos das medidas do republicano para o mercado brasileiro.

Com as políticas America First de Trump, combate à imigração, deportação em massa e tarifas comerciais a diversos mercados são temas defendidos pelo republicano e que podem afetar o Brasil. Possíveis taxações afetariam principalmente a indústria, tendo em vista a parcela maior de exportações de produtos manufaturados.

Enquanto isso, medidas como a retirada dos EUA do acordo climático de Paris tende a resultar em menos recursos e mudanças na política ambiental global.

As relações bilaterais também tendem a esfriar, tendo em vista que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que apoiava o democrata Joe Biden, não foi convidado para a posse de Trump, mas sim o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além disso, como o Brasil faz parte dos Brics, a escalada de tensões entre a China, que também está no grupo de emergentes, e os EUA, também requer atenção dos investidores. Trump prometeu taxar os membros se os países não abandonarem os planos de criação de uma moeda de transações comum, em substituição ao dólar.