Investing.com – A economia dos EUA iniciou 2025 com "forte ímpeto," embora a incerteza em torno dos planos de política do presidente eleito Donald Trump tenha obscurecido as perspectivas para o ano, segundo analistas do Wells Fargo (NYSE:WFC).
Em nota enviada aos clientes na quinta-feira, os analistas estimaram que a economia dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 2,7% no quarto trimestre, desacelerando em relação aos 3,1% do terceiro trimestre. Caso esse número seja confirmado, isso indicaria que o produto interno bruto real teve uma expansão média anual de 2,8% em 2024, acrescentaram.
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Eles argumentaram que, considerando que o crescimento real da produção foi de 2,4% ao ano, em média, durante o período de expansão econômica de 2010-2019, "a economia americana parece estar em boa forma no momento."
Enquanto isso, a maioria das empresas apresenta indicadores positivos, apontaram os analistas, com dados indicando que, mesmo com a desaceleração no ritmo de contratações nos últimos meses, a maior parte das empresas nem precisa de novos trabalhadores nem "deseja reduzir o quadro atual."
Também houve avanços na redução da inflação em direção à meta de 2% do Federal Reserve, destacaram os analistas.
O chamado núcleo do índice de preços ao consumidor, que exclui itens voláteis como alimentos e combustíveis, aumentou 0,2% em dezembro na comparação mensal e 3,2% na base anual, conforme os dados do Bureau of Labor Statistics divulgados na quarta-feira. Os economistas haviam projetado números iguais aos de novembro, que foram de 0,3% e 3,3%, respectivamente.
No entanto, essa desaceleração da inflação pode ser interrompida caso o governo Trump siga com a ameaça de impor novas tarifas generalizadas sobre importações de aliados e adversários, advertiram os analistas.
Eles acrescentaram que "os preços mais altos decorrentes [dessas tarifas]" poderiam, posteriormente, pesar sobre o crescimento da renda real, prejudicando o consumo.
"Se implementadas, tarifas mais altas causariam um modesto choque estagflacionário na economia," argumentaram os analistas, prevendo que os impostos sobre importações poderiam reduzir o ritmo de crescimento econômico na segunda metade de 2025.
Ainda assim, eles preveem uma aceleração da atividade em 2026, impulsionada por um ambiente possivelmente mais favorável aos negócios, com regulamentações mais flexíveis e cortes de impostos durante o segundo mandato de Trump na Casa Branca.
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