TREASURIES-Rendimentos de prazos mais longos sobem antes de oferta

Reuters6 de jan de 2025 às 15:05

Por Karen Brettell

NOVA YORK, 6 Jan (Reuters) - Os rendimentos dos Treasuries de prazos mais longos subiam nesta segunda-feira e a taxa de 30 anos atingiu a máxima em 14 meses, antes de o Tesouro vender nesta semana 119 bilhões de dólares em títulos com cupom e com os investidores avaliando o impacto que as políticas promulgadas pelo novo governo de Donald Trump terão sobre a economia.

O Tesouro venderá 58 bilhões de dólares em notas de três anos na segunda-feira, 39 bilhões em notas de 10 anos na terça e 22 bilhões de dólares em títulos de 30 anos na quarta-feira.

"O momento provavelmente é de preços mais baixos e rendimentos mais altos no início, apenas porque não há muitas pessoas preparadas" para os leilões, disse Tom di Galoma, chefe de negociação de renda fixa da Curvature Securities.

Os rendimentos caíram brevemente depois que uma notícia indicou que as tarifas planejadas por Trump serão menos agressivas do que se temia anteriormente.

Assessores de Trump estão explorando planos tarifários que seriam aplicados a todos os países, mas que abrangeriam apenas determinados setores considerados críticos para a segurança nacional ou econômica, informou o Washington Post nesta segunda-feira.

Trump deve reduzir impostos e regulamentações, o que, segundo analistas, deve impulsionar o crescimento. No entanto, espera-se que outras políticas, incluindo a repressão à imigração ilegal e tarifas, aumentem a inflação, o que pode pesar sobre a economia no longo prazo.

As preocupações com a trajetória fiscal também estão elevando os rendimentos de longo prazo nos EUA.

Os rendimentos das notas de dois anos US2YT=RR, sensíveis à taxa de juros, subiam 1 ponto-base no dia, para 4,289%.

Os rendimentos do Treasury de referência de 10 anos US10YT=RR tinham alta de 3,3 pontos-base, para 4,628%. Eles atingiram 4,641% em 26 de dezembro, o maior valor desde 2 de maio.

As taxas de trinta anos US30YT=RR ganhavam 2,6 pontos-base, para 4,8409%, depois de atingiram 4,849% mais cedo nesta segunda-feira, o maior valor desde novembro de 2023.

((Tradução Redação São Paulo))

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