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Fiscalizador de finanças ao consumidor dos EUA enfrenta processo por classificar carteiras digitais como bancos

Cryptopolitan17 de jan de 2025 às 08:11

O Consumer Financial Protection Bureau (CFPB) dos Estados Unidos está sendo processado por regulamentar carteiras digitais e aplicativos de pagamento semelhantes aos bancos. 

Os grupos comerciais de tecnologia TechNet e NetChoice entraram com uma ação judicial em 16 de janeiro para contestar a abordagem regulatória do CFPB.

A reclamação é baseada em uma regra publicada pelo CFPB em dezembro de 2024. Esta regra expande a jurisdição regulatória da agência para ‘aplicativos de pagamento digital de uso geral ao consumidor’, visando grandes empresas, incluindo Apple Pay, Google Wallet, PayPal, bem como provedores de carteira digital e prestadores de serviços financeiros não bancários.

A TechNet, uma parceria de profissionais de tecnologia, e a NetChoice, uma organização que faz campanha pela liberdade na Internet, argumentam que a ação do CFPB é excessiva. Afirmam que a agência pretende centralizar a autoridade sobre um sector inovador sem apresentar provas de defi regulamentares que justifiquem a intervenção federal.

Especialista da indústria desafia a regra do CFPB

A regra do CFPB permite que a agência conduza investigações proativas de aplicativos de pagamento para garantir que cumpram as leis federais de privacidade e fraude. A agência também afirma que o aumento do controlo protegerá as informações pessoais, diminuirá a fraude e combaterá a atividade bancária ilegal, em que é negado ilegalmente aos indivíduos o acesso a serviços financeiros. 

O chefe de contencioso da NetChoice, Chris Marchese, criticou a regra, dizendo que ela prejudica o Estado de direito, expande o estado administrativo e ameaça os consumidores e a criatividade americanos. 

“A tomada ilegal de poder pelo CFPB mina o Estado de direito, incha ainda mais o estado administrativo e coloca em risco os consumidores americanos e a inovação”, disse Marchese, diretor de litígios da NetChoice.

Os demandantes também afirmam que os pedidos de pagamento já estão sujeitos a regras estaduais rígidas e que a supervisão federal cria impedimentos adicionais para as empresas. Argumentam que isto poderia resultar em maiores custos para o consumidor e menos opções no ecossistema de pagamentos digitais. 

Ação do CFPB movida no mesmo dia em que a agência penalizou a Block Inc.

A ação foi movida no mesmo dia em que a agência penalizou a controladora da Cash supostamente não fornecer as precauções necessárias contra fraude. De acordo com o CFPB, Block enviou vítimas de fraude aos seus bancos para anulação de transações, em vez de resolver as preocupações internamente. O acordo prevê até US$ 120 milhões em compensação e uma taxa de US$ 55 milhões para o fundo de ajuda às vítimas do CFPB.

Os esforços regulatórios do CFPB vão além dos aplicativos de pagamento. Em 10 de janeiro, o governo propôs uma regra exigindo que os provedores de serviços de criptoativos reembolsem os usuários por perdas causadas por ataques cibernéticos ou fraudes. Esta regra ainda não foi implementada.

O resultado deste processo judicial poderá ter consequências graves para a indústria de pagamentos digitais. Se o tribunal concordar com o CFPB, os pedidos de pagamento poderão enfrentar regras de conformidade mais complexas que aumentarão ainda mais as despesas operacionais. Se os reclamantes forem bem-sucedidos, isso poderá limitar a autoridade da agência para supervisionar o desenvolvimento de tecnologias e deixar o controle para os governos estaduais.

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