Investing.com — O interesse lateral para comprar a atual queda nos preços do ouro é forte, de acordo com a estrategista do UBS, Joni Teves.
O ouro havia subido mais de 20% desde o início do ano, mas registrou uma queda de aproximadamente US$ 200 em relação ao seu recorde histórico de cerca de US$ 3.168, alcançado apenas na semana passada. A queda ocorreu apesar do resultado das tarifas dos EUA ter sido pior do que o previsto.
No entanto, Teves acredita que o ambiente macroeconômico deve apoiar um preço mais alto do ouro, citando tensões tarifárias crescentes, incerteza persistente e temores crescentes de recessão ou estagflação, o que poderia impulsionar a demanda pelo metal amarelo como um ativo de refúgio seguro.
Ainda assim, a estrategista reconhece várias razões para a reação negativa do mercado no curto prazo. Estas incluem a realização de lucros esperada após o anúncio, o uso do ouro como fonte de liquidez para atender a chamadas de margem devido a quedas significativas nas ações, e o alívio proporcionado pela isenção do ouro das novas tarifas.
O UBS mantém uma perspectiva positiva de longo prazo para o ouro, considerando o atual período de consolidação como uma oportunidade para os investidores entrarem em pontos de preço mais favoráveis.
"A ação do preço tem sido muito instável e condições de liquidez geralmente mais reduzidas provavelmente também amplificaram a ação do preço. Parece haver suporte emergindo abaixo da marca de US$ 3.000. Os mercados físicos também podem se animar com esses preços mais baixos", disse Teves.
A estrategista prevê um aumento sazonal na demanda da Índia, juntamente com a necessidade de a China reabastecer os estoques de ouro onshore reduzidos.
O prêmio da Bolsa de Ouro de Xangai sobre o preço global à vista atingiu uma alta de nove meses, e os volumes de negociação estão em seu pico em um ano, indicando um potencial aumento na demanda de investimento chinês.
"O potencial para uma demanda física mais forte na China (impulsionada pelo investimento) poderia exacerbar problemas de liquidez e amplificar ainda mais a ação do preço", continuou Teves.
Durante uma visita recente à China, o UBS observou um forte sentimento otimista em relação ao ouro entre investidores onshore, vendo-o como um ativo alternativo viável em meio a incertezas econômicas e cambiais.
Algumas companhias de seguros, agora autorizadas a alocar até 1% dos ativos sob gestão em ouro, iniciaram negociações de teste, sinalizando perspectivas promissoras de demanda deste setor.
Embora possa levar tempo para que volumes substanciais se materializem, a corretora espera que esses desenvolvimentos fomentem um sentimento positivo e fortaleçam a demanda por ouro no longo prazo.
Este otimismo é refletido no aumento acentuado nas participações em ETFs de ouro desde o início de 2023, precedendo os fluxos positivos para ETFs globais.
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