Os Estados Unidos implementaram tarifas de 25% para importações de aço e alumínio nesta quarta-feira, 12 de abril, sem exceções. Embora o Brasil seja o segundo maior fornecedor de aço e ferro para os EUA, analistas acreditam que o impacto direto na economia brasileira será limitado. O Bank of America destacou que a economia brasileira é menos exposta a essas tarifas devido à sua natureza mais fechada.
De acordo com a Moody’s, as tarifas sobre o aço e alumínio não devem provocar grandes repercussões imediatas no Brasil, já que os produtos de aço representam menos de 5% das exportações brasileiras para os EUA. No entanto, os mercados estão atentos à desaceleração econômica global, principalmente na China, o que poderia impactar negativamente as exportações brasileiras de commodities.
O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou com tarifas recíprocas contra o Brasil, especialmente em relação ao etanol. Caso essas medidas avancem, podem elevar as tarifas médias sobre produtos brasileiros de 1-2% para até 10%. Enquanto isso, o governo brasileiro está em negociações com autoridades dos EUA para possíveis exceções e acordos. A criação de um grupo de trabalho bilateral foi confirmada pelo Itamaraty. Além disso, o Brasil considera reduzir a alíquota de importação do etanol como contramedida.