Por Ana Mano
SÃO PAULO, 29 Jan (Reuters) - Uma carga de farelo de soja da Louis Dreyfus Company destinada à exportação a partir do porto de Paranaguá, no Sul do Brasil, foi devolvida para reprocessamento em uma das fábricas da empresa, disse o processador de grãos à Reuters nesta quarta-feira.
A LDC se recusou a fornecer detalhes como o cronograma da recusa da carga, tamanho da mesma ou seu destino, bem como a natureza do problema com o produto.
No entanto, uma pessoa com conhecimento do assunto disse que o farelo de soja da LDC foi enviado por caminhões para o porto, mas posteriormente rejeitado na semana passada por conter impurezas.
A capacidade do Brasil de rastrear cargas de commodities agrícolas está sob minucioso escrutínio depois que a China suspendeu cinco exportadores locais de soja, citando não conformidades de produtos no início deste mês.
"A Louis Dreyfus Company (LDC) esclarece que, com relação à carga citada, haja vista a inexistência de qualquer tipo de adulteração ou agentes nocivos, realizou o procedimento estabelecido na legislação em vigor, retornando a carga para reprocessamento", disse a empresa, em um comunicado.
A autoridade portuária não se manifestou imediatamente sobre o farelo de soja da LDC.
A recusa do farelo de soja da LDC ocorreu depois que as autoridades do porto de Paranaguá disseram, na terça-feira, que 51 caminhões carregados com 2.200 toneladas de farelo de soja foram recusados por "adulteração de produto", sem nomear as empresas envolvidas.
A LDC disse que nenhuma de suas fábricas de processamento de soja nos Estados do Paraná, Mato Grosso e Goiás havia enviado produtos de farelo de soja supostamente contaminados para Paranaguá.
A fonte disse que a origem da carga de farelo de soja era a fábrica da LDC em Ponta Grossa, no Paraná.
(Reportagem de Ana Mano em São Paulo)
((Tradução Redação Rio de Janeiro)) REUTERS MN