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Por Ana Mano
SÃO PAULO, 28 Jan (Reuters) - A autoridade portuária do Paraná, que supervisiona as operações no porto de Paranaguá e Antonina, no Sul do Brasil, disse que foi detectada areia em cargas de farelo de soja durante uma inspeção, de acordo com um comunicado enviado à Reuters nesta terça-feira.
Isso "significa adulteração dos produtos", disse o comunicado.
A Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá (ATEXP), que cuidou da inspeção, acionou os demais órgãos fiscalizadores após detectar o problema, acrescentou o comunicado.
A União Europeia é o principal destino das exportações brasileiras de farelo de soja.
Um porta-voz do porto não pôde confirmar imediatamente o destino da carga de farelo de soja, mas disse que um total de 51 caminhões transportando 2.200 toneladas foi identificado como transportando o farelo de soja adulterado.
O porto disse que não divulgaria o nome do exportador ou exportadores, citando as leis de proteção de dados. O porto disse apenas que os caminhões vieram do Estado do Mato Grosso.
O Ministério da Agricultura agora verificará se as empresas cumpriram as normativas administrativas, incluindo o descarte do material contaminado, disse o porto.
O incidente de adulteração ocorre no momento em que a China parou de receber carregamentos de soja brasileira depois que algumas cargas apresentaram não-conformidade.
O Porto de Paranaguá aplicou novas regras de controle de inspeção de carga no ano passado, acrescentou o comunicado, "para garantir o máximo de segurança e qualidade nos produtos movimentados".
O porto público disse que a responsabilidade pela carga é do exportador e do terminal, e não da autoridade portuária.
Em 2024, mais de 392 mil caminhões foram inspecionados e quase 9.000 veículos tiveram cargas "rejeitadas", por não atenderem aos requisitos mínimos de qualidade dos produtos ou por terem sido fraudadas, disse a autoridade portuária.
Essas inspeções abrangeram os vários tipos de cargas que passam pelo porto, incluindo grãos como soja, milho e farelo de soja, disse o porto.
(Reportagem de Ana Mano)
((Tradução Redação Rio de Janeiro)) REUTERS MN