Ouro avança com demanda por proteção em meio a tensões globais

Investing.com — O ouro registrava alta nesta terça-feira, dando continuidade aos ganhos recentes, devido a tensões cada vez maiores na Síria e à correção das bolsas em Wall Street, com os investidores buscando proteger suas posições.

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Entre os metais industriais, os preços do cobre mantiveram-se estáveis após fortes altas motivadas pelos anúncios de estímulo da China, embora continuem acumulando perdas expressivas nos últimos dois meses.

Os mercados de metais aguardam novos dados econômicos importantes nos próximos dias, enquanto o dólar norte-americano mantém-se estável antes da divulgação do índice de inflação nesta quarta-feira.

O ouro subia 0,4%, sendo cotado a US$ 2.671,62 por onça no mercado futuro, às 9h de Brasília.

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O preço do metal avançou cerca de 1% na segunda, após o agravamento das tensões no Oriente Médio direcionar investidores para ativos de proteção.

No fim de semana, forças rebeldes assumiram o controle da capital síria, Damasco, encerrando o governo de Bashar al-Assad, que buscou refúgio na Rússia.

A nova liderança síria, com laços com a seita sunita, pode intensificar conflitos com o Irã. Ao mesmo tempo, Israel foi apontado como responsável por ações ofensivas contra a Síria.

Esse cenário elevou as preocupações com uma possível escalada de tensões na região, fortalecendo a atratividade do ouro como refúgio seguro.

Além disso, o movimento foi ampliado pelas perdas registradas em Wall Street, com ações de tecnologia recuando após um período de forte valorização.

Os próximos dias devem manter o mercado em alerta, com decisões sobre taxas de juros no Canadá, na União Europeia e na Suíça previstas para esta semana, além do Federal Reserve na próxima.

Outros metais preciosos tiveram desempenho inferior ao do ouro. A platina caiu 0,4%, sendo negociada a US$ 944,85 por onça, enquanto a prata permaneceu estável em US$ 32,620 por onça.

Para o cobre, os dados comerciais chineses também trouxeram sinais positivos. Apesar de exportações e importações totais de novembro terem ficado abaixo das projeções, as importações de cobre atingiram o maior patamar em um mês.

O mercado agora aguarda o início da Conferência Central de Trabalho Econômico da China, marcada para quarta-feira.