Investing.com – Analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) emitiram uma nota recente discutindo se, diante da volatilidade do mercado, é melhor adotar a estratégia de "comprar na baixa" ou "vender na alta". Eles concluíram que as tendências históricas indicam que as quedas no mercado são, geralmente, boas oportunidades de compra.
Nos últimos tempos, o mercado de ações global enfrentou quedas consideráveis, especialmente a partir de agosto, mantendo-se volátil desde então. Segundo o Goldman Sachs, “apesar de essas baixas representarem riscos, podem abrir portas para investidores perspicazes fazerem boas compras”.
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Desde a crise financeira de 2008, comprar durante as baixas tem se provado uma tática eficaz, principalmente quando o mercado apresenta correções de pelo menos 10%. O banco destaca que, desde 2010, os ganhos médios obtidos ao se comprar o S&P 500 após reduções de 10% ou mais superam a média geral, “validando essa abordagem para investimentos de curto prazo”.
Por outro lado, o banco alerta que a estratégia de comprar apenas nas baixas pode fazer os investidores perderem períodos de alta rentabilidade que ocorrem em tempos sem quedas significativas.
“Observando os retornos de cinco anos, fica evidente que focar exclusivamente em comprar nas baixas resultou na perda de períodos de altos lucros que não apresentaram quedas”, ressaltaram. No entanto, essa estratégia também beneficiou investimentos que envolvem a venda de seguros em ações, como as opções de venda, que apresentaram bons retornos ajustados ao risco.
O Goldman Sachs ainda destaca que as altas avaliações atuais, a instabilidade macroeconômica e o aumento da incerteza política são fatores de risco para os futuros retornos das ações.
Apesar desses riscos, o banco sustenta que o perigo de um mercado em baixa ainda é reduzido, devido ao baixo risco de recessão e ao bom estado do setor privado, junto com as políticas mais flexíveis dos bancos centrais.
Por fim, os analistas do banco acreditam que, embora novas quedas possam ocorrer, elas representarão oportunidades importantes de compra. Eles recomendam manter uma estratégia equilibrada e usar estratégias de proteção com opções para lidar com a volatilidade futura.
“Embora as carteiras de investimentos tradicionais, como as de 60/40, tenham se saído bem recentemente, a expectativa de uma política monetária mais flexível por parte do Federal Reserve e o aumento da pressão sobre os prêmios de risco sugerem que haverá menos proteção vinda dos títulos”, complementam, concluindo que “refúgios seguros alternativos, como o ouro, o iene e o franco suíço, devem oferecer melhores oportunidades de diversificação”.