Investing.com – O setor elétrico estaria apresentando alguns problemas que trazem questionamentos sobre um declínio gradual, na visão do {{0|UBS BB}}, com aumentos dos preços dos contratos mesmo em meio a altos níveis de reservatórios, ocorrências de apagões e excesso de energia. O cenário para as energias renováveis é incerto, mas o contexto sugere que algumas ações poderiam ser vencedoras nesse novo contexto, de acordo com o banco, que tratou do tema em relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta quinta, 29.
“Acreditamos que os geradores renováveis apresentarão resultados negativos com impactos no curto e médio prazo impulsionados pela modulação e redução. No longo prazo, acreditamos que isto deverá conduzir a um aumento no custo marginal de expansão (CME). Neste novo cenário, acreditamos que as UHEs com exposição hídrica serão vencedoras”, aponta o banco, destacando Eletrobras (BVMF:ELET3) e Copel (BVMF:CPLE6) como favorecidas e AES/Auren e Serena como mais impactadas negativamente.
De acordo com o UBS BB, os preços em alta estariam relacionados à crescente influência das fontes de energia renováveis e maior procura, com falta de novos projetos hidrelétricos com reservatórios, levando à maior volatilidade dos preços à vista.
O banco acredita ainda ser necessário reforçar a infraestrutura de transmissão. “Vemos positivamente o futuro do setor de transmissão, especialmente para as operadoras atuais, enfatizando a importância de atualizar as linhas existentes em vez de lançar novas linhas de transmissão em leilões“, apontam os analistas Giuliano Ajeje, Gustavo Cunha e Henrique Simoes.
Para o UBS BB, isso traria benefícios para a Eletrobras, que teria uma das “mais antigas linhas de transmissão que poderiam levar a empresa a tornar-se semelhante a uma distribuidora de energia”.
O banco aponta ainda como desafio futuro o custo marginal da expansão e haveria uma “clara necessidade de uma maior participação na indústria térmica”, o que beneficiaria a Eneva (BVMF:ENEV3).