5 fatores devem favorecer mercados globais no segundo semestre - HSBC

Investing.com – Os estrategistas do HSBC afirmaram na última segunda-feira que mantêm uma visão positiva sobre os mercados acionários globais e veem potencial para novos ganhos, embora sua confiança tenha diminuído ligeiramente desde o início do ano.

Os mercados acionários globais estão em alta em 2024, com um ganho acumulado de 13% no ano. O HSBC indicou que seu alvo de fim de ano para o FTSE All-World de 570, em um cenário cada vez mais provável de Cachinhos Dourados, sugere retornos mais modestos, com um aumento de 5% na segunda metade do ano.

"Ainda assim, em nossas conversas com os clientes, percebemos uma fixação nos riscos de queda e acreditamos que o mercado está potencialmente negligenciando cinco importantes catalisadores de alta", observaram os estrategistas.

1) Entrega de lucros: Apesar do ceticismo quanto à projeção de crescimento dos lucros dos EUA, de 7% ao ano no 1º trimestre de 2024 para 17% no 4º trimestre, há fortes indícios de que essas estimativas sejam alcançáveis, de acordo com o HSBC.

"Vemos potencial de alta nos lucros da Magnificent 7, que o consenso espera que desacelere acentuadamente, e também acreditamos que o restante do S&P 493 pode ter uma rápida recuperação, já que seu EPS permanece 11% abaixo da tendência", escreveram os estrategistas.

Globalmente, o rastreador de atividade macro do HSBC sugere que a dinâmica dos lucros deve se manter resiliente, e seus indicadores de sentimento de orientação (GSI), que monitoram o sentimento corporativo nas chamadas de lucros, estão em alta nas principais regiões.

2) Cenário macro de Cachinhos Dourados sustenta as avaliações: O relatório do IPC de junho dos EUA reforçou a narrativa de que se está caminhando para um cenário de Cachinhos Dourados, indicando uma desaceleração da inflação.

"Acreditamos que isso oferecerá uma oportunidade para que o Fed faça cortes em setembro", comentaram os estrategistas.

Tradicionalmente, quando o Fed começa a flexibilizar e os EUA evitam uma recessão, o S&P 500 se recupera 10% nos seis meses seguintes. O HSBC também acredita que uma maior clareza sobre a direção do Fed deve reduzir a incerteza e a volatilidade dos títulos, reforçando as avaliações. Sua estrutura de ROE/COE sugere que as avaliações não estão sobrecarregadas.

3) Impulso da IA continua: O tema da IA enfrenta um escrutínio cada vez maior. O HSBC destacou que as ações relacionadas à construção da infraestrutura de IA tiveram um retorno de 70% no acumulado do ano, os facilitadores de IA subiram 25% e os primeiros a adotar a IA tiveram um retorno de apenas 7%.

Entretanto, a equipe do banco acredita que as revisões de lucros são o principal indicador da durabilidade do comércio de IA. Com base nessa métrica, o cenário parece saudável, com o EPS de 12 meses para os principais beneficiários da IA subindo 17% este ano.

4) Uma operação de recuperação, não de queda: As ações globais podem receber apoio adicional de uma maior amplitude do mercado. Embora se espere que as megacapacidades tecnológicas continuem liderando, o HSBC espera que seu domínio "diminua em favor de um desempenho mais equilibrado do mercado".

5) Posicionamento muda para euforia: Por fim, os estrategistas disseram que, em seu conjunto de indicadores de posicionamento, há poucos sinais claros de venda. Os investidores institucionais aumentaram a exposição ao risco e os estoques de dinheiro estão próximos dos mínimos de três anos, mas os fluxos de fundos não foram exorbitantes.