TradingKey - A dívida crescente e os juros em alta nas economias avançadas afetam os países emergentes, segundo Gabriel Galípolo do Banco Central do Brasil.
- O aumento do protecionismo nos EUA pode levar a uma inflação mais alta, enquanto a China pode enfrentar perda de dinamismo econômico.
- O Brasil apresentou um desempenho inferior ao de seus pares devido a fatores idiossincráticos, com o BC reafirmando seu compromisso com a meta de inflação.
Em recente declaração, Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central do Brasil, destacou que o aumento da dívida pública e dos juros em economias desenvolvidas, resultado de políticas fiscais expansivas durante a pandemia de covid-19, tem repercussões significativas para os países emergentes. Segundo ele, essa situação está diretamente ligada aos desafios enfrentados pelo Brasil no cenário econômico global.
Galípolo também apontou para a crescente tendência de protecionismo nos Estados Unidos, que pode resultar em pressões inflacionárias adicionais, forçando a maior economia do mundo a manter taxas de juros mais elevadas por um período prolongado. Além disso, o protecionismo americano poderia diminuir o dinamismo econômico da China, que por sua vez poderia buscar compensar essa perda explorando mercados abertos para exportar desinflação.
O diretor ressaltou que o desempenho econômico do Brasil foi inferior ao de seus pares internacionais, atribuindo essa diferença a peculiaridades nacionais. Ele enfatizou a importância das ações e da comunicação do Banco Central em demonstrar um firme compromisso com o cumprimento da meta de inflação estabelecida, essencial para a estabilidade e previsibilidade econômica do país.
Essas observações de Galípolo sublinham a complexa interação entre políticas internas e dinâmicas globais, e como esses fatores coletivamente influenciam a política monetária e as decisões econômicas no Brasil.