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Juros nos EUA: Ex-autoridade do Fed projeta menos cortes em 2025 após vitória de Trump

Investing.com12 de nov de 2024 às 22:55

Investing.com -- O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) pode reduzir o ritmo esperado de cortes nas taxas de juros em 2025 devido a possíveis adoção de tarifas em produtos importados sob o novo governo do presidente eleito Donald Trump, de acordo com a ex-autoridade do Fed Loretta Mester. As informações são da CNBC.

Em discurso na Conferência Europeia do UBS em Londres, Mester sugeriu que o Fed poderia reduzir seus cortes planejados nas taxas de juros, alinhando-se com as previsões do mercado. "O mercado está certo", comentou ela, "provavelmente não haverá tantos cortes no próximo ano quanto se supunha ou esperava em setembro", disse a CNBC.

Após a eleição de Trump, os mercados recalibraram suas expectativas, prevendo agora menos cortes nos juros devido ao possível impacto inflacionário das tarifas comerciais propostas por Trump.

A reportagem da CNBC destaca que Trump prometeu restabelecer tarifas abrangentes, incluindo uma taxa de 10% a 20% sobre todas as importações dos EUA, com uma taxa severa de 60% a 100% voltada especificamente para os produtos chineses.

Analistas e economistas estão preocupados com o fato de que tais medidas poderiam aumentar as pressões inflacionárias, impactando a trajetória dos juros do Fed.

A CNBC disse que Mester observou que em dezembro poderia haver uma avaliação preliminar de como as políticas fiscais do governo Trump poderiam afetar a previsão do Fed. Entretanto, a publicação acrescentou que Mester prevê o pacote fiscal completo e suas implicações para a política monetária no início de 2025.

O UBS também recebeu o formulador de políticas do Banco Central Europeu, Olli Rehn, que enfatizou as possíveis consequências globais de uma nova guerra comercial entre os EUA e a China, chamando-a de "prejudicial" e pedindo que a União Europeia esteja mais bem preparada desta vez, ao contrário do que aconteceu durante as tensões comerciais de 2018.

"Uma guerra comercial é a última coisa de que precisamos", disse ele, ressaltando preocupações mais amplas entre os formuladores de política monetária sobre o impacto de Trump na estabilidade econômica global.

Revisado porTony
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