logo

BofA revisa projeção de expansão do PIB brasileiro em 2024 para 3%

organization

Investing

16 de set de 2024 às 17:23

Investing.com – O Bank of America (NYSE:BAC) revisou sua previsão de crescimento para 2024 de 2,7% para 3,0% e cortou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 de 2,5% para 2,0%, conforme relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta segunda-feira, 16. O banco entende que o Brasil deve registrar “maior crescimento agora, e menor depois”, como apontado no documento.

O BofA espera novas revisões das projeções de mercado diante de impulso fiscal, desemprego baixo e aceleração de crédito. Estes três fatores, de acordo com o BofA, estariam impulsionando a demanda.

Neste cenário, os economistas David Beker, Gustavo Mendes e Ezequiel Aguirre avaliam que “medidas fiscais expansionistas exigem uma política monetária mais rigorosa”.  Eles citam pagamento de precatórios como um dos pontos de pressão, ainda que projetem um impulso menor por vir diante das medidas do governo em busca de um ajuste fiscal. “Cada aumento de 1% na Selic aumenta a dívida bruta em 0,4% do PIB”, calculam os economistas.

O PIB potencial brasileiro é estimado em 2,2%, mas deve crescer menos do que isso no próximo ano, para possibilitar cortes futuros na Selic. A taxa de juros tende a terminar 2024 em 11,75% e 2025 em 10,75%, acima dos 10,50% atuais, de acordo com o BofA.

“Esperamos que o crescimento desacelere por três motivos principais: menor impulso fiscal, efeitos de base e taxas de juros acima do neutro. Apesar dos aumentos esperados agora, o crescimento abaixo do potencial no próximo ano deve permitir cortes de taxas no segundo semestre de 2025”, completam os economistas.

Nesse cenário, a estratégia do BofA indica visão modestamente otimista para o real, ainda que com preocupações na frente fiscal, e juros longos de janeiro de 2029.

 

Isenção de responsabilidade: o conteúdo acima visa ser um apoio à funcionalidade da nossa plataforma, não fornecendo qualquer aconselhamento comercial e não deve ser a base da tomada de quaisquer decisões comerciais.