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Ouro pode ter atingido o pico e sofrer forte correção, segundo analistas

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Investing

24 de jun de 2024 às 03:27

Investing.com – Os analistas do RBC Capital Markets expressaram cautela em relação ao ouro, considerando-o supervalorizado após alcançar níveis recordes de preço no último mês. Eles destacaram que diversos fatores macroeconômicos apontam para uma supervalorização do metal, além de vulnerabilidades ainda não percebidas que sustentam essa alta.

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"Embora nossa postura seja cautelosa, isso se deve principalmente à nossa percepção de que os preços atuais do ouro estão excessivamente elevados", comentaram.

O RBC também notou que, apesar de uma estabilidade observada em maio e junho nas tendências dos produtos negociados em bolsa (ETPs) lastreados em ouro, permanecem não convencidos do comprometimento total dos investidores, que têm vendido suas participações durante a alta dos preços sem um retorno consistente às compras.

A forte demanda por parte dos bancos centrais globais tem sido um pilar para a recente valorização do ouro. Contudo, a pausa nas compras de ouro pela China sugere potenciais fragilidades, conforme observado pelos analistas.

"Continuamos acreditando na forte demanda dos bancos centrais, mas existem motivos para manter a cautela com os preços elevados e após um período de alta prolongada", afirmaram.

A expectativa de mais cortes nas taxas de juros este ano, impulsionada por dados econômicos recentes, ainda motiva alguns investidores a optar pelo ouro. No entanto, os analistas preferem manter-se afastados no curto prazo, aguardando melhores oportunidades conforme as vulnerabilidades do mercado se tornem mais evidentes.

Os analistas também destacaram que os fundamentos do mercado, como a demanda dos bancos centrais, a demanda física e a procura chinesa, estão sujeitos a riscos.

Eles citaram a interrupção nas compras pela China, após 18 meses de aquisições contínuas, como exemplo dessas vulnerabilidades.

Embora não sejam pessimistas quanto à demanda futura dos bancos centrais em 2024, adotam uma visão cautelosa diante dos preços recordes e do volume substancial de compras até agora.

Segundo pesquisa do World Gold Council com bancos centrais, embora 68% prevejam que suas reservas de ouro permaneçam inalteradas nos próximos 12 meses, 81% dos bancos esperam um aumento no total de reservas.

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