Investing.com – Com as discussões recentes a respeito das perspectivas para a próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o JP Morgan reforça que não espera uma alta, mas continua a enxergar taxas estáveis até meados de 2025. Ainda assim, o banco entende que o viés hawkish de alguns representa um risco maior para esta visão.
Com juros elevados por mais tempo, o fato de a estratégia de “esperar para ver” ser mais provável do que “uma que produza uma convergência inflacionária mais rápida”, pode colocar em risco as perspectivas de crescimento econômico, pois a política fiscal também tende a se tornar mais restritiva e os juros já estão em patamares apertados, no entendimento dos economistas Cassiana Fernandez, Vinicius Moreira e Mirella Mirandola Sampaio.
Enquanto isso, o banco segue monitorando dados de arrecadação de impostos e espera uma um déficit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) excluindo os impactos negativos associados às inundações no Rio Grande do no Sul. Levando em consideração as implicações das fortes chuvas, a projeção seria de 0,7% do PIB.
As atenções estão voltadas, neste momento, para a divulgação do projeto de lei do orçamento de 2025, que deve ser apresentado até o final deste mês. “A atenção, no entanto, não será focada exclusivamente sobre as despesas, pois há motivos para esperar novas propostas sobre a frente de receita também. Documentos oficiais do primeiro semestre deste ano já demonstram a necessidade de maiores receitas para cumprir as metas fiscais, com fontes indicando que a administração pode sugerir ajustes na renda ou ganho de impostos para empresas”, completam os economistas.