Investing.com – Em uma nota divulgada a seus clientes nesta terça-feira, os analistas do Bank of America (NYSE:BAC) destacaram quatro razões pelas quais a economia dos EUA pode evitar um “pouso forçado”, apesar de preocupações com uma súbita fragilidade no mercado de trabalho.
Esta análise é divulgada em um contexto de especulações sobre um corte iminente nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro e receios de uma desaceleração econômica, ancorada na regra de Sahm.
De maneira geral, os analistas do Bank of America mantêm um otimismo cauteloso, sugerindo que, apesar dos desafios, estes quatro fatores proporcionam uma salvaguarda contra um pouso forçado para a economia.
Os analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) afirmam que a economia dos EUA mantém-se estável, apesar da expectativa do mercado por cortes agressivos nas taxas de juros do Federal Reserve, motivada pelos recentes dados sobre emprego.
O banco de investimentos destacou em sua análise "Global 360" na terça-feira que ainda espera uma redução total de 75 pontos-base nas taxas de juros deste ano, reiterando sua visão de que "a economia não está em declínio".
Embora a previsão inicial de três cortes nas taxas fosse vista como ambiciosa diante das expectativas de mercado, as recentes tendências nos dados de emprego não agrícolas e no índice PCE de inflação central tornaram essa estimativa mais plausível.
Os analistas observam que o crescimento do consumo está diminuindo, passando de cerca de 3% no segundo semestre de 2023 para menos de 2% no mesmo período de 2024. Eles acreditam que esta desaceleração é crucial para reduzir a demanda e facilitar a diminuição da inflação.
O banco continua monitorando de perto o consumo, mas não antecipa uma desaceleração mais acentuada.
Paralelamente, o Morgan destacou a recente valorização do iene, que corroborou sua previsão atípica de um aumento de 25 pontos-base pelo Banco do Japão (BoJ) em julho.
"Esta previsão baseou-se em mudanças nos fundamentos estruturais do Japão, bem como na transição para sair da Política de Taxa de Juros Negativa (NIRP)", explicaram os analistas.
Eles também comentaram que o tom da coletiva de imprensa do BoJ indica que os riscos para a previsão de um aumento em janeiro podem persistir até 2024.
Na Europa, após o Banco da Inglaterra (BoE) reduzir sua taxa de juros em 25 pontos-base, o Morgan antecipa mais dois cortes em novembro e dezembro.
Na zona do euro, o banco espera mais dois cortes nas taxas de juros este ano, embora reconheça a possibilidade de menos aumentos devido a constantes altas na inflação subjacente.
Globalmente, desenvolvimentos políticos positivos na África do Sul são vistos como favoráveis às perspectivas de crescimento, enquanto o orçamento pós-eleitoral da Índia reforça o compromisso com investimentos em capital e redução do déficit. No entanto, o Brasil enfrenta desafios fiscais, com revisões na previsão do déficit primário para 0,5% do PIB, divergindo da meta de 0%.