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Se Trump vencer, Fed pode interromper cortes de juros em 4,5%, prevê analista

Investing.com – Michael Every, analista do Rabobank, projeta que o Federal Reserve Fed finalizará os cortes de juros em 4,5% se Donald Trump for eleito na próxima corrida presidencial. Segundo Every, a política econômica do ex-mandatário reacenderia a inflação, obrigando o banco central americano a tomar essa medida.


O analista destaca que a ata recente do Fed indica uma disposição para reduzir as taxas de juros. A maioria dos membros do Fomc (comitê de política monetária americano) está pronta para iniciar os cortes já em setembro, após discussões jáffefedfedfed em julho. Esta prontidão reflete as preocupações persistentes com o crescimento econômico estagnado, com um plano de reduzir as taxas de juros em um total de 100 pontos-base até janeiro.


Contudo, a vitória de Donald Trump alteraria profundamente este cenário. Every afirma que suas políticas econômicas induziriam efeitos inflacionários, forçando o Fed a reavaliar sua estratégia de redução das taxas. Ele sugere que a agenda de Trump, focada na expansão econômica e na desregulamentação, elevaria os preços ao consumidor. Esse risco inflacionário levaria o Fed a cessar prematuramente os cortes de juros para evitar a perda de controle sobre a inflação.


Este cenário faria o Federal Reserve manter os juros em 4,5%, ao contrário das expectativas iniciais de muitos no mercado que previam uma continuação dos cortes. Every ressalta que o mercado financeiro, que antecipa taxas de juros maffedfed


is baixas e uma política monetária mais flexível, se decepcionaria com essa interrupção precoce, o que poderia desencadear uma volatilidade significativa nos mercados.


Every também questiona o impacto da combinação de políticas fiscais e monetárias na economia mais ampla. Caso as políticas de Trump desencadeiem uma inflação galopante, isso poderia agravar as pressões financeiras sobre a classe média e intensificar as desigualdades sociais. Ele observa que a mistura de inflação alta e cortes de juros limitados poderia aumentar ainda mais as disparidades econômicas entre os ricos e os pobres.


Além disso, considera que os mercados têm sido altamente responsivos à política do Federal Reserve nos últimos anos. Um possível cessar dos cortes de juros em 4,5% impactaria a estabilidade dos mercados financeiros, particularmente porque muitos investidores apostavam numa continuação da flexibilização monetária. Tal disrupção aumentaria as incertezas do mercado e poderia resultar em flutuações de preço mais extremas.


O analista conclui que a situação econômica atual é complexa e influenciada por uma miríade de fatores imprevisíveis. As tensões geopolíticas, especialmente no Oriente Médio, e um ambiente comercial volátil adicionam à incerteza geral. Se Trump ganhar as eleições, esses fatores dinâmicos e frequentemente contraditórios podem desempenhar um papel ainda mais significativo nas decisões do Fed.


Fed só garante “pouso suave” se cortar juros para cerca de 3%


Na visão da AlpineMacro, o Fed precisa reduzir os juros para cerca de 3% até o final do próximo ano para assegurar um “pouso suave” da economia.


Em uma nota divulgada, a empresa argumenta que, apesar da postura atual do Fed, o mercado de trabalho dos EUA está perdendo força e pode em breve sair da condição de pleno emprego, elevando o risco de a inflação ficar abaixo da meta de 2%.


Apesar do segmento de moradia manter a inflação acima da meta, a AlpineMacro ressalta que a inflação geral dos EUA, descontando o setor de moradia, já recuou para abaixo de 2%.


Com a desaceleração nos preços das moradias e o aumento da folga no mercado de trabalho, a empresa de análise sugere que o núcleo da inflação geral possa ficar abaixo da meta do banco central americano, fortalecendo o argumento para uma redução maior das taxas de juros.


A AlpineMacro destaca que uma resposta tardia do Fed pode aumentar a probabilidade de uma recessão, o que levaria as taxas a caírem ainda mais, possivelmente até 2%.


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Atualmente, a análise da empresa aponta para um pouso suave como o cenário mais provável, com o rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos projetado para se estabilizar em cerca de 3,5%.

Além disso, a AlpineMacro sugere que, com a redução dos juros pelo Fed, é provável que o dólar se desvalorize, tornando o iene e a libra esterlina opções especialmente atraentes.


Os analsitas também antecipam que o Banco do Canadá será o próximo banco central do G10 a reduzir as taxas de juros, recomendando aos investidores que mantenham uma exposição elevada em títulos canadenses.


A análise da AlpineMacro ressalta o delicado equilíbrio que o Fed deve manter para conduzir o cenário econômico atual sem precipitar a economia em uma recessão.

Revisado porTony
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