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Dólar se Fortalece com Tensão no Oriente Médio e Incertezas Fiscais no Brasil

TradingKey
AutorTony
8 de out de 2024 às 09:48

- A tensão no Oriente Médio e as incertezas fiscais no Brasil elevaram a demanda por defesa cambial, fortalecendo o dólar frente a moedas emergentes.

- O dólar atingiu R$ 5,4859 na segunda-feira, apesar de ter caído pela manhã devido a fluxos de entrada.

- Conflito no Oriente Médio aumenta aversão ao risco, enquanto preocupações fiscais no Brasil e decisões de juros do Fed também influenciam o câmbio.

Na segunda-feira, 7 de outubro, a tensão geopolítica no Oriente Médio impulsionou a demanda por ativos de segurança, levando o dólar a se fortalecer frente às principais moedas de países emergentes e exportadores de commodities. No Brasil, as incertezas fiscais também contribuíram para a valorização do dólar, que fechou o dia em alta de 0,56%, cotado a R$ 5,4859. A liquidez no mercado foi limitada devido à agenda esvaziada.

Pela manhã, o real havia se fortalecido com a entrada de fluxos, fazendo o dólar tocar uma mínima de R$ 5,42, conforme relatou Hideaki Iha, operador de câmbio da Fair Corretora. No entanto, a escalada do conflito no Oriente Médio e preocupações quanto à política monetária do Federal Reserve reverteram o movimento, puxando o câmbio de volta para cima.

Entre as moedas emergentes, apenas o rand sul-africano conseguiu se valorizar frente ao dólar. Matheus Massote, especialista de câmbio da One Investimentos, afirmou que o aumento do risco global geralmente resulta em uma fuga para o dólar, visto como um porto seguro. A desvalorização do real foi mitigada pela alta do petróleo, com o Brent voltando a US$ 80 por barril.

Os investidores também começaram a reavaliar a possibilidade de uma pausa no corte de juros nos EUA em novembro, após dados de emprego mais fortes do que o esperado. Isso elevou os juros dos Treasuries e manteve o índice DXY próximo à estabilidade. Iha observou que a reação do mercado na segunda-feira foi uma correção após a cautela do final de semana.

No cenário doméstico, o principal fator de pressão para o real continua sendo o quadro fiscal, conforme destacaram Iha e Massote. Apesar de a Moody's ter melhorado o rating do Brasil na semana passada, a avaliação recebeu críticas do mercado, que considera as possíveis entradas de recursos como pontuais e não permanentes.

Revisado porTony
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