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Chinesa Luckin comprará US$ 2,5 bilhões em café brasileiro, diz ApexBrasil

- Luckin Coffee fará um anúncio de compra de 2,5 bilhões de dólares em café brasileiro durante o G20 em novembro.

- A China aumentou significativamente suas compras de café do Brasil, com crescimento esperado a partir de setembro.

- Desafios logísticos, como escassez de contêineres, têm impactado os embarques de café.


A Luckin Coffee, uma das principais redes chinesas de cafeterias, está prestes a anunciar um acordo para adquirir 2,5 bilhões de dólares em café brasileiro. O anúncio oficial deverá ocorrer durante a reunião do G20 no Brasil, em novembro, conforme informado pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana.


"Já negociamos o próximo anúncio da Luckin Coffee. Querem anunciar na época do G20, compra de 2,5 bilhões de dólares de café do Brasil", afirmou Viana, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante um evento de incentivo à exportação de pequenos negócios no Palácio do Planalto.


Este montante é significativo, especialmente quando comparado com a receita total de 7,23 bilhões de dólares obtida pelas exportações de café do Brasil de janeiro a agosto, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). No entanto, ainda não foram divulgados detalhes sobre o prazo e os volumes específicos das compras previstas pela Luckin Coffee.


A China tem ampliado suas compras de café brasileiro, refletindo o aumento do consumo em cafeterias no país. Na temporada 2022/23, a demanda total de café na China subiu 15%, ultrapassando 3 milhões de sacas de 60 kg, de acordo com a Organização Internacional do Café (OIC). Em 2023, as compras chinesas de café brasileiro mais que triplicaram, alcançando 1,48 milhão de sacas, elevando a China ao sexto maior comprador de café do Brasil, comparado ao 20º lugar no ano anterior.


Apesar de um crescimento modesto de 2,9% nas exportações brasileiras de café para a China até agosto de 2024, somando 641 mil sacas e gerando uma receita de 139,2 milhões de dólares, espera-se uma aceleração a partir de setembro. Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé, explicou que, com a entrada da nova safra de café arábica no mercado, o crescimento deve retornar a patamares de dois dígitos.


Entretanto, os desafios logísticos têm sido uma preocupação, principalmente devido à escassez de contêineres, o que resulta em atrasos recorrentes nos embarques e as chamadas "rolagens" de cargas. Segundo o Boletim Detention Zero, desenvolvido pela ElloX Digital em parceria com o Cecafé, 69% dos navios sofreram alterações de escala ou atrasos em agosto.

Revisado porTony
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